Vivem em nós inúmeros
Vivem em nós inúmeros;/
Se penso ou sinto, ignoro/
Quem é que pensa ou sente./
Sou somente o lugar/
Onde se sente ou pensa./
Tenho mais almas que uma./
Há mais eus do que eu mesmo./
Existo todavia/
Indiferente a todos./
Faço-os calar: eu falo./
Os impulsos cruzados/
Do que sinto ou não sinto/
Disputam em quem sou./
Ignoro-os. Nada ditam/
A quem me sei: eu ’screvo.
Ricardo Reis
2 comments:
Eu deixei um comentário!!!!!!
Juro que deixei!!!!!
Mas deve ter ficado com icterícia...e fugiu!!!!!
Bjks
Querida Avelaneira,
confesso que gostei da analogia hehehe
Ainda bem que só durou uma semana!!!
Beijocas
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