Mais um bocadinho sobre Mário Cesariny....
Mário Cesariny de Vasconcelos reconhecido universalmente como um dos principais representantes do Surrealismo português, nasceu em Lisboa a 9 de Agosto de 1923 e durante a sua longa e produtiva vida, ganhou o estatuto não só de poeta, não só de pintor, não só de músico mas principalmente de Artista, pois deixou sua marca de referência e excelência em todas estas expressões.
A sua passagem pela escola das Artes Decorativas António Arroio em Lisboa, pelo estágio com Fernando Lopes Graça, compositor de música, pela Academie de la Grande Chaumière, Paris criaram as bases nas artes plásticas e na música para pintar quadros e criar mundos na sua poesia.
A seguir a formação, liderada por Mário Cesariny, do Grupo Surrealista de Lisboa,, integrando Alexandre O’Neill, João Moniz Pereira, António Domingues, António Pedro, Fernando de Azevedo, José Augusto França, Cândido Costa Pinto e Marcelino Vespeira e logo a seguir, com Pedro Oom, Mário Henrique Leiria, Fernando José Francisco, Henrique Risques Pereira, António Maria Lisboa e Cruzeiro Seixas, Os Surrealistas.
Mais um bocadinho sobre Mário Cesariny e sobre Blondie...
Mário Cesariny nem gostou de se limitar aos confins da palavra e norma escrita, nem se deixou ficar preso no seu próprio (sur)realismo, alargando-se no movimento “cadáver esquisito” em que uma criação passava por uma cadeia criativa de pessoas (normalmente três ou quatro), cada um contribuindo para a obra passada pelo criador anterior, quer em termos de poesia, quer em termos de pintura.
Ora, estando o Surrealismo ligado um pouco ao non-sense (expressão máxima no Dadaísmo), à associação livre de ideias à experimentação, ao contexto da psicanálise, eu não poderia deixar de apreciar bastante esta Escola, aliando-me, de forma lúdica, a ela.
Então um dia, num conjunto de amigos, decidimos fazer o nosso cadáver esquisito. O resultado ficou bastante engraçado. Fizemo-lo em poesia, no entanto, um dia, gostaria de experimentar na pintura.
Eu incentivo todos a experimentar. Peguem numa folha de papel, cada um escreve uma frase/pensamento, dobra esse bocadinho e passa-o à pessoa seguinte e assim sucessivamente. No fim irão ver que o resultado é delicioso. Bastante divertido e (quase) sempre pedagógico.
Só de imaginar quanta poesia foi escrita assim...
3 comments:
....a obra fala dele.....
beijo vagabundo
Gostei da resposta que ele deu ao Isaltino de Morais que lhe queria erguer uma estátua em Oeiras!!
Ja fiz esse jogo e e realmente muito engraçado...
Ha umas semanas fui ao sotao a procura de uns livros e (como eu guardo tudo) encontrei bilhetinhos desses e fartei me de rir sozinha!!!Coisas de miuda...
Bjs
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